sábado, agosto 26, 2006

Nunca mais




Sussurro ao teu ouvido a palavra amor, que te entra na alma e fico com a impressão que esboças um sorriso. Estas no teu leito de sono impregnado de todas as coisas tão tuas, estou deitada ao teu lado a mirar-te e sei que já não te pertenço. Sigo cada curva do teu rosto cada traço característico, conto os pormenores e tento decorar tudo, defeitos não encontro nenhum...
Repousas serenamente e nem sentes que ainda estou ali a beber cada poro teu, a lua está alta não posso ficar mais tempo, despeço-me de ti com um beijo sussurrado e com a dor a escorrer-me pelo corpo, sei que este é o ultimo momento em que a tua perfeição vai complementar tudo o que sou, toda a minha felicidade...choro saudades futuras, choro ainda com o teu corpo quente ali, foi a ultima vez.
Saio para a rua, está tanto frio que nem um sobretudo polar aguenta, provavelmente também sou eu que estou fria, deixei todo o meu calor contigo, todo um sonho, toda uma realidade fictícia imaginada pelos dois, abraço-me a mim mesma porque estou só, como estive sempre.Corro para que o vento leve a tua imagem e a tua presença do meu corpo, mesmo assim continuo fria, penso em ti e sei que neste momento a cama já arrefeceu. Chego à estação, passado trinta minutos de caminhada, foi o caminho mais duro da minha vida, pois fugir de mim mesma é impossível. Apanhei o comboio para nunca mais voltar, sinto nojo de mim pelo que vou fazer e pelo que vou deixar, mas não tive coragem de olhar-te nos olhos e dizer...até nunca mais...

sexta-feira, agosto 18, 2006

Voar na solidão


Sorrisos circundam-me e eu não consigo sorrir, faço um esboço mas os meus olhos continuam tristemente vazios.
Faço um movimento inoportuno e sinto-me desconfortável, o ar percorre o meu corpo come se este lhe pertencesse e sinto-me voar. Imagino asas, asas minhas, que me libertem deste desconforto riscado de medos.
Fecho os olhos sinto-te, percebo-te e corrompo-te, sonho, demónio humano insólito que me desmoronas o corpo, a alma.
Deixo-me levar pelas pernas, não sinto nada, nem o Outono que chegou com a suas folhas, que me abrem uma passadeira de caminhos e tem a vida como força própria.
Cheiro a terra molhada, estou desesperada, desespero por ter uma vida que não quero, por ser quem não sou, mesmo por não saber o que somos e o que o mundo é para nós.
Todos à minha volta regurgitam verdades falhadas ou mentiras pitorescas. Pergunto-me como se pode viver na escuridão da mediocridade tanto tempo e ser feliz numa felicidade enganadora. Será que sou eu medíocre? A que vê o que não é suposto e apenas se afunda na idiotice de apenas querer ser livre, livre e voar...
Como tens tu a visão turva, se és tão eu e tão mim? como consegues tu dormir e comungar com este cenário? Vem comigo, abre-te, sente as tuas asas, dá-te ao impulso de voares, cresce no horizonte, contempla-te.
Não aguento mais, o magnetismo de viver não me deixa repousar. Vou-me, descubro que sei voar, que tenho asas e preparo a minha partida sorridentemente no meio do negrume, sinto o cheiro a terra molhada.
Chamo-te mais uma vez, não te levantas, continuas a dormir, eu parto sozinha...enquanto vejo uma lagrima a deslizar pela tua face...

domingo, agosto 13, 2006


Depois fez-se silêncio...
Aquele silêncio que tudo explica, em que as palavras não são necessárias e não encaixam no cenário...
Aquele silencio perfurou o peito porque queria dizer tanta coisa ao mesmo tempo, lançava tantas perguntas e tantas respostas no ar, aquele silencio despertou tudo, e fez rolar a primeira lagrima.
Tinham passado vinte anos e ali estavam eles no primeiro confronto, depois de toda uma tumultuada historia, instaurou-se neles um misto de alegria, raiva e tristeza.
Trocaram olhares e contaram as suas historias, onde viviam, as suas tristezas e decepções, as partidas, as chegadas, as aventuras, as diversões, até mesmo os segredos, tudo se contou naquele encontro de duas pessoas que estavam a menos de dois passos. Fizeram-se sorrisos e exclamações, até se deram gargalhadas.
As saudades liam-se nos olhos dos dois, as lembranças chegaram em jacto, e ouve lagrimas interiores. Eles sabiam que tudo poderia ter sido completamente diferente, mas milagres não acontecem...
Ali estavam eles depois de tantas horas, tantos dias, tantos anos...passaram tantas vidas, sons, paladares e cheiros. No silencio partilharam tudo, nenhuma boca se abriu...o silêncio bastou para saber que o sentimento ainda estava ali...

segunda-feira, agosto 07, 2006

Meio


Eu sinto tudo
a raiva, o rancor
a alegria, a felicidade
o dilaceramento, a angustia
e busquei
o caminho do meio
que era o mais seguro
entre o que senti
e o que fiz com isso
Então desfaço-me das peles
as camadas que construo
quando os sentmentos não são expressados
não são ouvios
não são reconhecidos
Dando aos meus sentimentos
o seu devido lugar
mantendo-me longe
da intensidade, da imensidão
da pura densidade
e do custo da emoção.

quinta-feira, agosto 03, 2006

Trilhos, caminhos e vontades




Sentada neste vão de escada observo-te meticulosamente, sinto o desejo a percorrer-me a medula. Muitas vezes quando olho para ti sinto saudades de ser menina, agora tudo se tornou muito mais complicado, menos objectivo, mais traiçoeiro...Vou sorrindo enquanto te olho, não reparas, nunca tiveste essa sensibilidade...
Sinto-me tão culpada, tão imunda e tão triste, sou uma como se fosse duas, porque beber do teu riso faz-me bem.
Estas demasiado perto...tento entreter as mãos com alguma coisa, vens e sussurras ao meu ouvido, coro por dentro mas mantenho-me falsamente natural por fora, tento perceber que não podes produzir em mim tantas sensações...
Estão tantas noites e luas para descobrir e eu já me sinto velha e cansada, desta vida que é rápida mas que demora tanto tempo a passar nas horas mortas. Estou perdida e embriagada pela vida, não sei para onde vou, nem muitas vezes sei o que sinto. Relembro-te e sigo na direcção oposta, prefiro enfrentar a trovoada do que ver-te outra vez, amar-te outra vez....
Sinto-te e caminho mais rápido, para um caminho que sei que não é o meu, mas que escolhi para mim, para que o meu trilho fugisse do teu, para que a minha alma fosse livre.
Rasgo assim o passado dos sentimentos, trespasso-os e mutilo-os para não me ouvir a mim mesma , hoje tornei-me na minha e na tua pior inimiga, para poder crescer na solidão que escolhi para mim.
Parte de mim reclama-te a ti e ao teu saboroso aroma que me lembram os dias mais bonitos e o som da própria maresia. Perco-me assim na minha própria mulher, perco-me porque me agarras-te, porque não sei viver sem a tua intelectualidade estimulante.
Chora comigo, agora, porque nos vamos...abraça-me...depois corre para o teu caminho...corre para os braços dela...

segunda-feira, julho 31, 2006

Porta fechada


A vontade de te apagar é tanta, mas a coragem para o fazer é tão pouca, imagino-te ao meu lado a seres realmente tu, a desencadeares em ti o teu processo da verdade do sentimento.
O teu olhar queima o meu e fujo dele como da minha própria morte, muitas vezes quando penso ou olho para ti sinto-me morta, porque não tive coragem, fugi à responsabilidade de ser mulher, de ser pessoa, de ser feliz...
Agora só me resta ver-te ao longe, avistar o teu cheiro e imaginar a tua voz, a nossa barreira invisível, aumenta todos os dias mais um bocadinho, mas em vez de nos afastar, aproxima-nos ainda mais.
Estou ao teu lado não me olhas, mas sentes-me, o teu cheiro mistura-se com o do ambiente e chega-me com carinho ás narinas, tenho tantas saudades tuas, da suavidade da nossa existência conjunta, mas hoje para ti apenas sou mais uma na multidão, que tentas disfarçadamente não dar importância...também tu sentes o meu cheiro e anseias o meu toque encarnado na tua cara.
Caminhamos cada um para seu lado e fechamos ao mesmo tempo portas diferentes, fico contente porque por momentos, míseros segundos, voltei a sentir-te, voltei a sentir-me preenchida...

terça-feira, julho 25, 2006

Sentimento de uma invisivel


O fumo cerca-me, encontro-me invisível...
A crença de ser alguém já desapareceu à muito, não existo, não me compreendo, sinto que apenas sou carne.
Olho-te como estranho, prefiro assim, a tua rudeza e carnificina, consumiram-me por dentro, apanhaste-me na teia e consumiste tudo como lume...
A luz chegou, sou apenas mais uma invisível, apenas a invisibilidade me transborda, sou corpo, sou apenas corpo...
Cresço com isto, continuo a existir com esta tormenta, quero-te mas não te suporto, desejo-te mas tenho nojo da forma como olhas a vida, fedes mas o teu odor atrai-me.
Sigo no comboio e olho o horizonte, estou longe de tudo, longe de ti e do teu cru, a minha essência renovasse á medida que me afasto, sinto-me viva, sinto-me mulher...
Conto os dias, as horas para não te sentir cá dentro, para não querer o teu beijo e o teu toque frio, gélido e negro.
O dia nasce, a vida corre, tudo passa, percorro a memória para apagar tudo, para que tudo fique esquecido. A partir de agora quero ser gelo, quero que me toques, me sintas fria e que o arrepio percorra o teu corpo, porque também tu és só carne...

Nada sinto
Nada respiro
Nada carrego no peito
Nada penso
Nada transpareço
O tempo não sente o nada
E o nada corre devagar

Devagar me entrego
Devagar me transfiguro
Devagar o nada enche o espaço do futuro
Nada há...Nada existiu...

segunda-feira, julho 17, 2006

Corpo e Alma


Esta angustia de te ter está a dar a minha alma aos pássaros. Desperdiço os dias vagueando nas ideias remotas do passado.
Hoje chove e isso deixa-me ainda mais melancólica, a vida é a maior injustiça que conheço, pois já te perdi mesmo sabendo que ainda estas comigo. Não quero que vás, quero que me leves dentro de ti e que me guardes numa caixa magica, especial, única...
Sei que todos os dias chegamos mais perto do fim e tento diariamente não pensar nisso, ganhar coragem sempre q estou junto de ti a saborear-te, provar o inimaginável.
Mas quando não estas perto, invade-me o medo, e volta a turbulência de pensamentos que me agitam e vão envelhecendo de dor...de receio
Dependo de ti, do teu eu, da tua força bruta e subtil, do teu jeito meigo de seres Homem, da tua presença muitas vezes discreta mas indispensável.
É quando fecho os olhos que te sinto, é quando respiro que te ouço, é quando te abraço que fico cheia de um amor que não existe....e mesmo assim sei que mereces muito mais do que a medíocre dependência que tenho de ti!
Quando fores embora, num dia de chuva como hoje, ficarei à janela a ver a água bater no vidro, cada gota será uma picada no meu peito, já endurecido
Ninguém, nem eu nem tu, pode evitar o inevitável, mas podes sempre abrir a caixa quando quiseres...nela estará a minha voz...nela estará o meu sorriso...nela serei sempre tua...
Porque no escuro um dia me fizeste ver a luz, porque consegues ver-me sempre...até quando sou invisível...

domingo, julho 16, 2006

Dor e vontades


A noite envolve-me, com ela sinto-me gélida, as saudades de um abraço quente , de um olhar macio e de umas mãos carinhosas, sentem-se muito mais no negrume da noite!
Vejo-te, sinto-te comigo, a tua voz soa na minha cabeça e não me deixa perder a esperança que tudo acabe!
A malvadez do mundo sufoca-me, este egocentrismo é pura e simplesmente senil! Solta-me! Leva-me! Nos teus olhos sei que encontro a paz!
Continuo aprisionada aqui no escuro e as minhas memorais vão aumentando o minha angustia. Queria que elas fugissem que me deixassem repousar, tranquila! Estou febril nauseada, cadavérica e sinto-me cada dia a morrer aos poucos! Quero que o meu espirito flutue porque não aguento mais o cheiro a mofo nem a cadáveres putrefactos, não posso estar louca, eu sei, eu sinto até o cheiro se consegue tocar.
Neste momento até as lagrimas que me caem no rosto são gelo, nada em mim está vivo, tudo morre, não me tenho de pé, mal posso respirar, falta-me o sangue nas veias e a clareza nos olhos.....só a tua lembrança insiste em ficar.....por favor quero dizer Adeus!


Este texto é para todos aqueles que morrem no desespero da dor, sozinhos, numa cama branca e fria!

sábado, junho 17, 2006

Reencontro


Percorro-te com o olhar, já passou tanto tempo desde a ultima vez. Não tiveste saudades minhas, pois não? Vejo os remorsos presentes nos teus olhos.
Quase te leio o pensamento, estas a pensar que apesar de cansada estou cada vez mais linda, e encontras-te mais uma qualidade em mim.
Olho-te ao longe, não mudas-te, mas não estas diferentes...noto então que fui eu que mudei, que o sentimento já não provoca as mesmas sensações de antes...não tenho um sorriso largo na face, apenas sorriu por ter ver outra vez.
Não sei o que fazer, sinceramente não me apetece conversar...mas tu vens, tens necessidade de mim, necessidade das palavras e da menina apaixonada que deixas-te para trás!
Apercebes-te que essa menina, em quem pensas-te inconscientemente durante todos os dias, desapareceu. Fez-se mulher e o olhar que te permitia leres-lhe a alma fechou-se para sempre. Ficas-te triste, no teu intimo correm lagrimas dolorosas, que arrastam tudo o que sentis-te e escondes-te de ti próprio...e vem tudo à boca como que um vomito, apercebes-te que não queres este adeus, que queres tocar na sua alma, no seu corpo, fazer parte dela. Sabes que ela é o teu todo, corres e tentas reatar o queimado, o destruído por ti mesmo.
Corres atrás dela, tentas despachar-te...ela já vai longe, corre, corre, CORRE, já vistas-te os seus cabelos, mais um pouco, s mais um pouco...
Quando chegou perto de mim já não me podia tocar, tinha levantado voo...virei-lhe as costas não por vingança...mas por ser o mais correcto, segurei na mão do meu anjo e nos eus braços chorei...ele peguntou-meporque estava a chorar...eu nunca respondi...Não podia dizer que tinha perdido uma parte de mim, que nunca tinha sido minha...a minha outra parte, tinha-te perdido para sempre...

sexta-feira, junho 16, 2006

Amanha


Amanha é o dia da partida, entre a encruzilhada da chegada de novos sentimentos e novas vidas. Amanha estou aqui enquanto o burburinho e a correria frenética da vida entram no ouvido dos desalojados, dos solitários...
O vento vai bater na janela, amanha, como que a anunciar a sua rebeldia, vai trazer a chuva com ele, que são lagrimas de quem por esse mundo chora! Sim, será um belo dia amanha, porque apesar da chuva e do vento, as pessoas continuaram a sorrir umas para as outras, a amar, a discutir ...dando-se assim ao mundo. A grande festa da vida inundará os céus amanha, polvilhando-o de cores, ruídos e paladares que nem todos vêem e só os bons observadores conhecem!
Catem todos amanha, estejam felizes, felizes por viver mais um dia, por caminhar mais um dia. Tudo pode acontecer amanha, vão surgir ovas ideias, novos amigos, novas oportunidades.
Hoje passou mais um dia, já é noite e as estrelas retém toda a iluminação existente no céu, são elas que comandam a noite, são elas que me fazem pensar no dia de hoje.
Mas aqui no meu leito de repouso sadio, os pensamentos inconscientes, revolvem-me a memória e a inquietam-me com as perguntas, que muito menos deviria perguntar quanto mais procurar a resposta.
Assim sei que apesar de toda a agitação de mais um dia feliz, aquilo que deveria estar apagado encontra-se, verdadeiramente, vivo dentro do meu peito rebelde, inconsciente e perturbado!
E pergunto, sem obter resposta:- Onde e como estarás tu amanha?

domingo, junho 11, 2006

Sentimentos do Luar

Sinto o ruido
ping ping.....
penso na frescura que perco,
no paraiso lá fora.

Sinto-me quente, tonta.
Só no desejo do toque
Da rebeldia do meu corpo
Ergo-me...mas sei que não posso
Chamo-me a razão
Não respondo
Não quero

Saio recebo-te como minha
Sinto-me assim...leve...
Minha amada noite

sábado, junho 10, 2006

Cor e asas


Acordei a pensar em ti, sim infelizmente esta foi mais uma noite que acordei a pensar em ti! Enfim algo já tão banal mas que me consome e dilacera por dentro...todos os dias...sempre que a manha chega e abro os olhos...
Hoje resolvi sair, sentir a vida que gira à minha volta, ver o movimento das pessoas que são complexamente simples.
Ver a felicidade no rosto dos outros faz bem, irradia a alma de todas as cores. Assim sai, fui sentir o vento na pele, ver o sol, as arvores balançam na sua dança do ventre infinita porque o vento insiste em brincar com elas. É pena eu estar com demasiado calor.
Entrei num café para beber uma água gelada,e foi ali, sozinha, que me lembrei do que me tinha trazido ali, naquela manha.
Aquela manha harmoniosa e primaveril, para tantas pessoas que cirandavam à minha volta e que riam e caminhavam felizes, aconchegadas pela vida.
Eu continuava sentada sem saber qual o final da estrada que percorro todos os dias incessantemente.
Inspiro fundo e peço a todos os deuses que a felicidade trasbordante entre dentro de mim, e me acompanhe mais um pouco, só até ao fim do dia, precisava tanto de estar um pouco feliz...
Sempre que surge a tua imagem, ainda me sinto pior, porque te desejo, porque te quero, porque os teus olhos me fazem esquecer e perder a noção o tempo, porque és tu e porque eu me sinto completa ao teu lado.
Por vezes pergunto-me onde escondes as asas? Onde aprendes-te a voar? As tuas asas são pretas ou brancas? Quem és tu? ANJO, ser alado que me atormenta o espirito e fazes com que a minha alma te acompanhe nos voos razantes que fazes na terra...e eu fico aqui no chão a desejar um dia também saber voar, ter asas e subir contigo, lá no monte branco, onde estaria a nossa casa e onde nos iríamos aquecer um ao outro no rigor do inverno...seria lindo viver entre pinheiros constantemente bordados a neve, rodeados de animais que teriam tanto de selvagens como de mágicos. Seria uma vida magnifica, mas é apenas um sonho idiota e tolo... Afinal eu não vejo a cor das tuas asas e ainda nem sequer tenho as minhas...

invisivel


Responde-me em silêncio;
toca-me sem usares os membros;
beija-me sem a boca;
caminha até mim sem as pernas.

Rasga os meus sentidos...
Perdoa a minha ousadia
ou então...
Para de estar perto quando estas longe...