quinta-feira, janeiro 06, 2011

Espera


Espero e desespero neste canto que é húmido e frio, é com a esperança e com a demora que vivo, sou assim um ser sem sentido, que tenta travar o tempo dos anunciados minutos, das anunciadas horas, dos anunciados dias, dos previsíveis anos.
Tento assim viver o passado olhando para o presente com melancolia, com a saudade de um sorriso e de um abraço que é de todos e é tão meu.
Era tão bom se o tempo parasse ou se corresse devagar, quando as coisas bonitas e aconchegantes acontecem, aquelas pequenas insignificâncias que são por exemplo a manha de um despertar bonito, nos dias felizes de uma infância ou de uma juventude adolescente…
Aqui de joelhos apontados para o chão e de olhos rasgados, cruzo as mãos e rogo que me dêem mais tempo para o abraço que anseio, para o despertar que mereço, para o amigo que preciso.
Mas na noite que se avizinha a incerteza cerca o momento em que dedico o tempo as palavras insertas, as palavras de alguém que ama e que precisa de um futuro cheio de pedaços de manha de juventude.
Mas agora só me resta a espera…
A espera que corrói os pertences de felicidade, a esperança que se avizinha e espero espero por todos e por mim mesma.
Espero porque sou apenas um insignificante minuto na imensidão do tempo…