sexta-feira, outubro 31, 2008

Fundo


Aqui no fundo do mar onde me sento por dias indeterminados e infinitamente longos ouço o barulho do nada e do sossego que me circunda, rodopia por aqui a calma e a paz do negro infinito, da negra solidão, da quietude e estagnada vida...
Aqui os dias não passam, debaixo de água não acontece nada, não se vê e não se acredita, aqui não se sonha não se projecta, não se esperança não se crê na virtude.
Todos os dias são iguais uns a trás dos outros, indistintos e insolúveis...
Aqui no fundo, sozinha com os medos e pensamentos psicóticos, aguento está liberdade asfixiante, da dormência da vida, da estagnação e findo todos os dias mais um fragmento de mim mesma... Aqui a escuridão não passa, não conforta e tudo é lento até a morte...