terça-feira, julho 25, 2006

Sentimento de uma invisivel


O fumo cerca-me, encontro-me invisível...
A crença de ser alguém já desapareceu à muito, não existo, não me compreendo, sinto que apenas sou carne.
Olho-te como estranho, prefiro assim, a tua rudeza e carnificina, consumiram-me por dentro, apanhaste-me na teia e consumiste tudo como lume...
A luz chegou, sou apenas mais uma invisível, apenas a invisibilidade me transborda, sou corpo, sou apenas corpo...
Cresço com isto, continuo a existir com esta tormenta, quero-te mas não te suporto, desejo-te mas tenho nojo da forma como olhas a vida, fedes mas o teu odor atrai-me.
Sigo no comboio e olho o horizonte, estou longe de tudo, longe de ti e do teu cru, a minha essência renovasse á medida que me afasto, sinto-me viva, sinto-me mulher...
Conto os dias, as horas para não te sentir cá dentro, para não querer o teu beijo e o teu toque frio, gélido e negro.
O dia nasce, a vida corre, tudo passa, percorro a memória para apagar tudo, para que tudo fique esquecido. A partir de agora quero ser gelo, quero que me toques, me sintas fria e que o arrepio percorra o teu corpo, porque também tu és só carne...

1 comentário:

Etherium disse...

espectacular!!
um pequeno travo daquele sentimento ora amargo, ora doce e q no fim de tudo é o q dá vermelho à nossa vida!
gostei mt!
bjinhs