quarta-feira, novembro 05, 2014

Vermelho


No vermelho da neblina suplico ao frio que me aparta.
Telinto com as luzes foscas da rua cheia de gente, ou população vespertina desta cidade de lemes.
Sigo rumo ao patamar dos inertes que vêm os dias como ritual de tarefas.
A neblina acorda a vivência desenfreada e insaciável que me tolerou
a juventude.
Penso nos anos que todos os dias ponho nas costas, no intimo de juventude idosa de que sofro. Continuo submetida à neblina e nela abraço minha insignificância!
Despojos de inverno, do brilho do vermelho que prevalece na turva visão deixam que flutue sem peso e sem medida! Sem idade...

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