sábado, dezembro 27, 2008

Dia Normal


Já não temos tempo, tempo para escrever, para mergulhar no mundo da fantasia imaculada dos sonhos reais, reais sim porque se tornam reais quando as palavras roçam o papel, qualquer papel, até aquele que anda amarrotado no meio do bolso do casaco habitual...
Onde andam as palavras que nos fogem entre as mãos, quem nos turva os sentidos desta forma, é o mundo é a correria, eu digo que é o tempo...
É ele que nos corre á frente, é ele que dita toda a mártir tarefa usual e ordinária de todos os dias, aqueles dias pequenos que passam só com o relógio a correr na velocidade infernal dos momentos pouco apreciados, pouco vividos, pouco saboreados.
Onde ficam os sabores vermelho violeta, os cheiro das vidas agradáveis, onde se encontra a felicidade que todos emanam no sorriso dos comuns...
Eu apenas sei do tempo, olhando para o tic tac do meu relógio, cronometro toda a vida que é imediata e corro, corro não sei para onde nem muito bem porque...
Deixo assim as palavras e os sentimentos e corro desesperada, o mais rápido e o mais veloz que consigo e tento seguir aquele caminho não sei bem para onde...
Onde pára o tempo dos dias normais e secos como pedras... onde para esta demanda descabida... quando posso respirar outra vez...
O tempo não para, mas eu parei o meu tempo e paro todos os dias cada vez que corro para os teus braços, e ai, ai sim as palavras e os sentimentos são meus outra vez...
E escrevo, num papel pequenino que trazes no bolso as palavras que guardei durante tanto Tempo...