segunda-feira, julho 17, 2006

Corpo e Alma


Esta angustia de te ter está a dar a minha alma aos pássaros. Desperdiço os dias vagueando nas ideias remotas do passado.
Hoje chove e isso deixa-me ainda mais melancólica, a vida é a maior injustiça que conheço, pois já te perdi mesmo sabendo que ainda estas comigo. Não quero que vás, quero que me leves dentro de ti e que me guardes numa caixa magica, especial, única...
Sei que todos os dias chegamos mais perto do fim e tento diariamente não pensar nisso, ganhar coragem sempre q estou junto de ti a saborear-te, provar o inimaginável.
Mas quando não estas perto, invade-me o medo, e volta a turbulência de pensamentos que me agitam e vão envelhecendo de dor...de receio
Dependo de ti, do teu eu, da tua força bruta e subtil, do teu jeito meigo de seres Homem, da tua presença muitas vezes discreta mas indispensável.
É quando fecho os olhos que te sinto, é quando respiro que te ouço, é quando te abraço que fico cheia de um amor que não existe....e mesmo assim sei que mereces muito mais do que a medíocre dependência que tenho de ti!
Quando fores embora, num dia de chuva como hoje, ficarei à janela a ver a água bater no vidro, cada gota será uma picada no meu peito, já endurecido
Ninguém, nem eu nem tu, pode evitar o inevitável, mas podes sempre abrir a caixa quando quiseres...nela estará a minha voz...nela estará o meu sorriso...nela serei sempre tua...
Porque no escuro um dia me fizeste ver a luz, porque consegues ver-me sempre...até quando sou invisível...

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