sábado, junho 10, 2006

O impossivel da verdade


A lua está linda, a sua imagem e beleza vão-me percorrendo as entranhas e deixando uma sensação de paz, nesta alma já tão atormentada...O dia foi longo parece que passaram anos, ainda bem que está aqui o luar e que ao menos ele me conforta a alma...um pouco, só um pouco não o necessário.
O medo continua aqui, o medo de olhar para o azul do céu e ver outro azul que é inalcançável ...proibido. Fujo, corro, escondo-me deste turbilhão de sentimentos que me persegue, que me inquieta. Ponho a mascara, a armadura e subo ao meu palanque...lá bem alto...para não me atingires com a plenitude daquilo que és, com o teu ser, com o teu espirito, que tanto desejo mas a que todo o custo ignoro.
É isto que estou, é nesta estúpida comunhão de sentimentos que me encontro, queria ter-te aqui, no meu colo, abraçar-te no meu regaço e chamar-te meu...sim meu...admito com toda a raiva e revolta interior que existe no mundo que te quero desesperadamente para mim...então caiu do pedestal que criei e acordo para o real, não te vejo para mim, pois se há coisas impossíveis tu és uma delas.
Então sento-me aqui...só sempre só...no meu canto...o resto é fumo...excepo a luz da lua...e tenho pena de não voar...de não poder abrir a janela, elevar-me, erguer os braços e receber a noite como minha...entregar-me assim a ti...
Assim, choro saudades de nunca te ter tido, de não te ter e porque nunca te terei. Esperarei por ti numa espera infinitamente longa, que provavelmente me levará ao desespero. Mas podes ter a certeza que haverá sempre um momento em que vou sorrir, vou rejubilar de alegria, onde a minha voz e gargalhada se vão ouvir na montanha...o momento em que fecho os olhos e o mundo é meu e todos os impossíveis se tornam reais...sim estarás sempre no meu sonho...

1 comentário:

pekkala disse...
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