quinta-feira, janeiro 26, 2012

21

Só preciso de 20 beijos, 20 abraços 20 passos controlados.
Preciso de 20 história inacabadas, insensatas e peculiares!
20 coisas fúteis e desvairadas sem sentidos nem propósitos!
Necessito de 20 anos, 20 meses e 20 dias, para correr no doce amargar do dia à dia!
20 amores despertados 20 ciclos terminados, 20 momentos despedaçados...
20 sentidos oprimidos...
Preciso de 20+1 para chegar ao 21....

sexta-feira, novembro 04, 2011

Mensagem


Escrevo o que vomito do pensamento. Palavras sórdidas ou límpidas... podem julgar o que quiserem, podem-se libertar línguas bífidas...
Não escrevo sobre mim, escrevo sobre os sentidos, sobre um saborear real, sobre um percepcionar maior. Maior que eu, que o mundo no seu imenso. Sentir não tem tempos nem pressas... Apenas flui como ideias e pensamentos...
Hoje pressinto e descrevo o sentir em palavras que não lhe raspam o significado, não bastam. Mantenho-me imóvel e sinto o respirar do todo comum, da pluridiversidade dos movimentos contemporâneas, e lembro-me de ti hipócrita, presunçoso, que te mantens dormente, e tu quando deixas-te de sentir?
Todos os dias são para nós os últimos, os momentos esses não voltam, apenas te perseguem e permanecem na pele que envelhece lentamente.
Hoje foi um dia feliz em que o tocar do mundo me olhou como um todo, inteiramente pura, bruta mas polida pelos dias e pelos anos... enfim como me conheço, inteiramente humana...
O mundo moribundo ficou bem longe fugiu-me das costas, ficou ai no lugar onde está o dormente, o passivo e o vulnerável. No lugar em que o tudo e o nada preenchem as horas persistentes do dia sombrio...
Bebo cada gota de vida e transpiro de alegria, estou aqui no meu lugar ideal, no meu sentimento mais puro, na minha forma mais real, no meu pequeno mundo. No mundo de sentir perfeito e escrevo-te para acordares do estado latente, para que vejam que as cores são mais que preto e branco, são todos os nomes, todos os sentidos, são advérbios e adjectivos... corpo e alma, no fundo cheiram-se e pressentem-se como a felicidade...

terça-feira, novembro 01, 2011

Amigo


Ainda me lembro do sorriso do despertar dos dias inocentes. Ainda não sei como te perdi nem porque magoa profunda nos apartamos de corações ligados ao peito.
O sorriso do despertar de manha, de uma noite brida, mal dormida, mal controlada, mal aproveitada.
Ainda cheiro, a manha a chuva e o orvalho da terra serena que enveredava toda a vida...
Os momentos de felicidade e euforia para onde voaram na memória das pessoas...
Onde vou o que sucedei o que aconteceu para ficar aqui sozinha sem a beleza da compreensão da tua companhia...
Não sei, nunca descobri, nem quero, é demasiado pesaroso, demasiado árduo, dói-me o cerebelo só da possibilidade de uma descoberta vã...
Tudo está traçado o destino dividido em duas gotas de rios e caminhos diferentes...
Só sei que estarei sempre aqui, apesar da tempestade do meu instinto, para te abraçar em qualquer madrugada que precisares....

sábado, maio 07, 2011

Verdade


Desperto-te em horizontes infinitos, em ladainhas que não acabam na dormência dos dias. As coisas revoltas são tidas e achadas como verdades inoportunas incoerentes e incessante.
O que é a verdade?
De que será realizada, será prescrita e perfeita por Deus ou por nós, humanos reles e vis, que sangram lágrimas de orgulho ferós.
Verdade é a dor e o poder de sentir na carne fria a chuva de remorsos que cai lá fora, na alma dos demais, na íngreme camada de sal que lhes planta a pele.
Verdade sou eu, és tu que me ignoras, que respiras sem parar e eu aqui perturbada continuo sem nada, sem forma, sem passado…

quinta-feira, janeiro 06, 2011

Espera


Espero e desespero neste canto que é húmido e frio, é com a esperança e com a demora que vivo, sou assim um ser sem sentido, que tenta travar o tempo dos anunciados minutos, das anunciadas horas, dos anunciados dias, dos previsíveis anos.
Tento assim viver o passado olhando para o presente com melancolia, com a saudade de um sorriso e de um abraço que é de todos e é tão meu.
Era tão bom se o tempo parasse ou se corresse devagar, quando as coisas bonitas e aconchegantes acontecem, aquelas pequenas insignificâncias que são por exemplo a manha de um despertar bonito, nos dias felizes de uma infância ou de uma juventude adolescente…
Aqui de joelhos apontados para o chão e de olhos rasgados, cruzo as mãos e rogo que me dêem mais tempo para o abraço que anseio, para o despertar que mereço, para o amigo que preciso.
Mas na noite que se avizinha a incerteza cerca o momento em que dedico o tempo as palavras insertas, as palavras de alguém que ama e que precisa de um futuro cheio de pedaços de manha de juventude.
Mas agora só me resta a espera…
A espera que corrói os pertences de felicidade, a esperança que se avizinha e espero espero por todos e por mim mesma.
Espero porque sou apenas um insignificante minuto na imensidão do tempo…

sexta-feira, setembro 03, 2010

Vidas Muribundas

Talvez um dia me julgue ridícula por este estúpido sentir de ser diferente.
Cada dia que passa o dia avança a um olhar que não é o meu, eu sou inteiramente desconhecida desta gente que se afasta de sorrisos e se cobre em desconfianças tímidas ou injuriadas de tudo e de todos.
Foi assim também contigo, também tu perdeste o sorriso e a vivacidade que te era caracteristica, que me era mais querida, mais entranhada no meu ser verdadeiro e inteiro.
Onde te escondeste, arruínas-te tudo o que de ti era integro e confiante, perdeste-te em lamurias e mechericos dos outros
Neste mundo em que nada é real ou verdadeira,l em que a fachada fictícia que todos pintam se torna tão eficaz que até mesmo eles acreditam, tu és infeliz, porque somos iguais, observas e vez o verdadeiro cerne da existência de cada um, e percebes sabes, mas no fundo também representas, e vais-te destruindo e moldando ao diaria fétido e conspurcado dos outros.
Eu e tu um dia voltaremos a sorrir quando isto tudo for superficial, for ignorado e ostracizado por nós, quando a saudade daquilo que éramos bater na face cansada e cheia de rotinas e reparar-mos que no fundo não vale a pena o esforço de uma vida moribunda e selada por pactos e comportamentos descrentes e ridículos.
Ai vamos os dois no caminho que nos leva longe, bem longe destas caras feias e petridas, desta gente não gente que tem na vida o maior palco dos eufemismos e paralelismos...
Assim nesse caminho de nada encontraremos o tudo da plenitude de um sorriso, de um sentimento e de uma verdade e crer á muito esquecida por todos os vultos que nos circundam e ai sim seres o TU e o Eu, como sempre....

terça-feira, abril 21, 2009

Paredes


A saudade fica aqui entre os meus braços gelados e quase sem vida, a casa está fria como os gélidos pólos, eu vagueio sem rumo por entre paredes sem significado.
Lá fora a ladainha da vida corriqueira de quem não tem objectivos e vive encarcerado num medo comum aqui é o medo que seduz e reduz todos os envolventes nesta atmosfera que queima a vida que quem a respira.
As luzes da rua enchem os corações de negrume e de receio de um vulto soldado qualquer que lhes rouba toda a solidão restante.
Aqui em que a vida é dormente não há sozinhos nem palavras especiais e carinhosas...
Eu vagueio aqui a tua espera a espera de um sabor que me desperta, que me solta que me faz voar com asas de um anjo alado...
Enquanto isso só mais um, mais do mesmos, mais da repugnante carne que me circunda, aqui a multidão é gelada e carrancuda, e todos espiam não sabem bem o que esperam, o vazio, nem esse chega aqui e as salva, ninguém entra aqui ninguém o merece...Por isso eu respiro de vez enquando num canto e aguardo a
tua chegada...

sábado, dezembro 27, 2008

Dia Normal


Já não temos tempo, tempo para escrever, para mergulhar no mundo da fantasia imaculada dos sonhos reais, reais sim porque se tornam reais quando as palavras roçam o papel, qualquer papel, até aquele que anda amarrotado no meio do bolso do casaco habitual...
Onde andam as palavras que nos fogem entre as mãos, quem nos turva os sentidos desta forma, é o mundo é a correria, eu digo que é o tempo...
É ele que nos corre á frente, é ele que dita toda a mártir tarefa usual e ordinária de todos os dias, aqueles dias pequenos que passam só com o relógio a correr na velocidade infernal dos momentos pouco apreciados, pouco vividos, pouco saboreados.
Onde ficam os sabores vermelho violeta, os cheiro das vidas agradáveis, onde se encontra a felicidade que todos emanam no sorriso dos comuns...
Eu apenas sei do tempo, olhando para o tic tac do meu relógio, cronometro toda a vida que é imediata e corro, corro não sei para onde nem muito bem porque...
Deixo assim as palavras e os sentimentos e corro desesperada, o mais rápido e o mais veloz que consigo e tento seguir aquele caminho não sei bem para onde...
Onde pára o tempo dos dias normais e secos como pedras... onde para esta demanda descabida... quando posso respirar outra vez...
O tempo não para, mas eu parei o meu tempo e paro todos os dias cada vez que corro para os teus braços, e ai, ai sim as palavras e os sentimentos são meus outra vez...
E escrevo, num papel pequenino que trazes no bolso as palavras que guardei durante tanto Tempo...

sexta-feira, outubro 31, 2008

Fundo


Aqui no fundo do mar onde me sento por dias indeterminados e infinitamente longos ouço o barulho do nada e do sossego que me circunda, rodopia por aqui a calma e a paz do negro infinito, da negra solidão, da quietude e estagnada vida...
Aqui os dias não passam, debaixo de água não acontece nada, não se vê e não se acredita, aqui não se sonha não se projecta, não se esperança não se crê na virtude.
Todos os dias são iguais uns a trás dos outros, indistintos e insolúveis...
Aqui no fundo, sozinha com os medos e pensamentos psicóticos, aguento está liberdade asfixiante, da dormência da vida, da estagnação e findo todos os dias mais um fragmento de mim mesma... Aqui a escuridão não passa, não conforta e tudo é lento até a morte...

terça-feira, setembro 30, 2008

Volta



Se eu não voltar, não fiques a minha espera, cresce e voa como só tu podes flutuar.
Parto com todo o sentimento de mais uns dias em que me entrego e te ofereço todas as coisas que conheço, não quero que me vejas a ir embora assim com esta presença triste e entranha de murmúrios medrosos...
Se eu não voltar sorri, porque estás nas memórias cristalinas e crispadas que me são familiares.
Deixo-te respirar mais uma vez ao pé de mim, da minha pele e do meu verdadeiro eu profundo e sedoso, queria-te aqui debaixo da minha derme sempre bem protegido de um ou outro sentimento mais cruel que o mundo te queira entregar...
Se eu não vier, voa, voa para longe com toda a força que demonstras no olhar, e persegue-me, agarra-me, prende-me e liberta-me desta pressa de chegar a um dia que não se avizinha ao longe...
Hoje não chego, é mais um daqueles dias em que parto, e partir é ao mesmo tempo ficar disjunta em partes iguais, que me doem e me trespassam, porque transito entre dois lugares, aquele onde me aparto e outro onde me deveria encontrar...

Se esta noite tiver que ficar aqui a olhar-te nas memórias, aparece no escuro e no encoberto da noite porque em mim há sempre lugar para ti minha eterna metade... a porta está aberta.

quinta-feira, julho 31, 2008

Tempo


Adeus meus amigos... adeus até um dia, que as boas horas vos acompanhem...
Não quero que fiquem tristes neste dia, porque se não fosse o ultimo era um dia como os outros.
Sorriam meus amigos, porque as recordações são imortais, mesmo depois de todos os adeus a que o tempo nos obriga, a memória trás sorrisos tristonhos.
Aguentem-se meu amigos porque ficaremos para sempre na memória nos dias felizes.
Voltem para mim um dia com toda a disposição e graça, esperem por mim no café com o espirito aberto e um cigarro, para que o fumo nos envolva e aconchegue, e para que assim o tempo pare por breves instantes.
Levem as memórias e preencham-se com elas, imaginem todos os reencontros até se tornarem banais e menos dolorosos, sejam saudosos meus amigos... sejam cônscios...O tempo para nós acabou meus amigos... adeus meus amigos... apesar de todo, este é mais um dia como os outros o dia do fim... mas se pensarmos bem não estivemos nós sempre sozinhos...

sábado, julho 26, 2008

Senhora Bonita


Três meses de pó e de estrada para chegar aqui por fim e descansar. Soltar um grito de revolta e ver-me sozinho nos meus pensamentos fatais de nómada contrafeito.
Passaram três meses de poeirada e de esforço de quem já não sabe viver sem nada do que deixou para trás.
Deixei-te ali linda de morrer com as ruas iluminadas e os murmúrios dos sapatos na calçada, deixei de te ouvir a cantar para mim as palavras que me ensinas-te a experimentar.
Por isso te escrevo hoje Senhora Bonita de trajes elegantes, e te digo que te reconheço como minha e como parte da minha felicidade, por isso te deixo imaculada na tua beleza bravia e rude que me transpira também a mim na pele.
Ai te deixo sozinha e com a saudade que me devora, com a sede de que um dia te pertenceu e no final de todos os dias quer voltar para o teu leito.Então já longe depois de tanto pó, te abraço na memória de um tempo que findou e de uma recordação demasiado bonita para ser por num papel em branco demasiado bonita para se por na consciência...na razão...

sábado, maio 24, 2008

Morango e Cereja


Beija-me com esses lábios, peço-te com mil cuidados e sem precauções...Rasgo-me em agonia de te olhar e não te ter, toca-me, responde-me com consentimento...
Preenche-me com esse toque que me arranca os medos que circundam os dias normais... Faz de mim aquilo que realmente sou, Tua, Mulher, Deia, Vermelha; Senhora dos Desejos concluídos e finalizados mas nunca saciados...
Faz-me pertencer-te em saudades de corpo e alma conjuntos, em emoções e sentimentos guardados por séculos e eternidades incalculáveis...
Explode-me com os anseios, com as verdades, com a realidade de te sentir quente, ardente, sofrido e sobretudo desejado...Deita-te aqui e procura aquilo que vieste buscar, o mais profundo desejo, o mais profundo sentir, a mais profunda temperança, o mais verdadeiro dos beijos vermelhos, de morango cereja...

Palavras Eternas


Gostava que um dia escrevesses só para mim e nunca o fizeste, sempre escreves-te para ti e depois para o Mundo. Nunca gostei disso, sempre te observei dessa forma enervante com a minha visão egoísta, mas tu continuas-te entrelaçado nos enredos de outras vidas que não a minha... e não notas-te o negrume que se multiplicava em infinitos desejos cá bem fundo de uma cobiça sentida...
Hoje sorriu por isso, hoje revivo as memórias de uma ciranda tola, afinal de contas nunca devias ter escrito para mim, porque quem escreve para mim sou eu...E agora as palavras que se soltam destas mãos desajeitadas, e desta mente que no fundo experimenta palavras, são sobretudo só para o mim, para o meu mim completo, para o meu mundo pleno, para no amanha eterno... ficarem aqui...

quinta-feira, maio 22, 2008

Luar


E hoje relembramos aqui o amor ao luar, depois de todas as caminhadas maltrapilhas que fizemos, agarramo-nos com cordas ao futuro incerto de sonhar.
Hoje sonho aqui contigo, ao luar, porque me tocas na pele bem cá dentro do meu intimo, mesmo não estando aqui para me apaziguar, para partilhar a felicidade deste encanto derretido, desta melodia que me sai do peito porque estou feliz, estou mesmo feliz.
Preciso assim de te escrever, aqui debaixo desta luz lunar que nos abraça e nos une num mim tão sentido, tão vivido tão acarinhado, tão necessitado.
Escrevo para te contar todas as coisas e mais outras que nem eu sei, mas que descobro todos os dias que partilho contigo, escrevo-te para te falar, sem mexer um único lábio, porque sei que estas aqui comigo, ao luar a deleitares-te com a minha companhia, com o sorriso que a noite nos trás.
É aqui que depositamos toda a alegria de mais uma vida que é nossa, é aqui que descansamos de todas as parvoíces que proferimos mutuamente. É aqui o futuro, é aqui o presente... nada mais interessa...nada mais se sente senão a certeza do sim...
Então pus a mesa, escolhi um vinho bem carmim, como se degusta na sua melhor forma, espero aqui até que a manha venha embalada pelo sol, e brindo...só contigo...