sábado, julho 26, 2008

Senhora Bonita


Três meses de pó e de estrada para chegar aqui por fim e descansar. Soltar um grito de revolta e ver-me sozinho nos meus pensamentos fatais de nómada contrafeito.
Passaram três meses de poeirada e de esforço de quem já não sabe viver sem nada do que deixou para trás.
Deixei-te ali linda de morrer com as ruas iluminadas e os murmúrios dos sapatos na calçada, deixei de te ouvir a cantar para mim as palavras que me ensinas-te a experimentar.
Por isso te escrevo hoje Senhora Bonita de trajes elegantes, e te digo que te reconheço como minha e como parte da minha felicidade, por isso te deixo imaculada na tua beleza bravia e rude que me transpira também a mim na pele.
Ai te deixo sozinha e com a saudade que me devora, com a sede de que um dia te pertenceu e no final de todos os dias quer voltar para o teu leito.Então já longe depois de tanto pó, te abraço na memória de um tempo que findou e de uma recordação demasiado bonita para ser por num papel em branco demasiado bonita para se por na consciência...na razão...

2 comentários:

EboRâguebi disse...

Mas, conquanto não pode haver desgosto
Onde esperança falta, lá me esconde
Amor um mal, que mata e não se vê;
Que dias há que na alma me tem posto
Um não sei quê, que nasce não sei onde,
Vem não sei como, e dói não sei porquê.

Etherium disse...

Q belas recordações me traz este texto... e n é por ser da cidade bonita e senhora da qual este texto nos fala... mas porque, nessa cidade t conheci, t aprendi e m apaixonei! qt ao texto, mais do mesmo! sublime, toca cá bem no fundo! mas isso já faz parte d td o q exalas...
bj bem... bonito!