sexta-feira, fevereiro 13, 2015

Bom dia e Boa Sorte


Pergunto-me muitas vezes sobre o tempo e a distância…
O tempo não volta e a distancia que ele impregna também não, mergulho em pensamentos de momentos passados que não voltam e pergunto-me para onde direcionei toda a minha vida. Dou voltas inconscientes na minha mente perturbada pela passagem dos anos, pela velocidade de olhares que ainda me recordo e que não quero perder.
Como passou tão rápido? Como posso estar afastada de metade do meu núcleo? Sim arrancam-me metade do meu peito, quando as pessoas que amo se deslocam para longe dos meus braços fraternos.
Bom dia a todos que estimo e que mergulham em vidas agitadas longe da minha, que saibam que o meu sentir é o mesmo, que a minha vontade permanece e que apesar da malfadada vida me arrancar pedaços de mim mesma continuo a ama-los como sempre amei, incondicionalmente.

A saudade é uma palavra que descrevo quase como minha, quase como familiar e que me pertence até as vísceras. Saudades do tempo que passou e do que vou perder no futuro, porque infelizmente não estarei ao vosso lado…. 

quarta-feira, novembro 05, 2014

Vermelho


No vermelho da neblina suplico ao frio que me aparta.
Telinto com as luzes foscas da rua cheia de gente, ou população vespertina desta cidade de lemes.
Sigo rumo ao patamar dos inertes que vêm os dias como ritual de tarefas.
A neblina acorda a vivência desenfreada e insaciável que me tolerou
a juventude.
Penso nos anos que todos os dias ponho nas costas, no intimo de juventude idosa de que sofro. Continuo submetida à neblina e nela abraço minha insignificância!
Despojos de inverno, do brilho do vermelho que prevalece na turva visão deixam que flutue sem peso e sem medida! Sem idade...

terça-feira, novembro 04, 2014

Chuva

Talvez um dia a chuva me entre no couro,   Me mantenha serena e luzidia, para a vida que háde chegar em instantes nefastos e profundos! 
Talvez a chuva, venha com toda a sua calma insípida, e me transmita a tranquilidade inacabada do inverno, áspero e adormecido! 
Que a chuva me transborde e me transporte para o meio do paraíso, da vida monótona e do descanço dos dias comuns! 
Neste dias de chuva, em que me separo do que mais amo, do cheiro sentimental, do tacto presencial, da visão de uma cama, de um repouso conjunto. Preciso do abraço do calor quente e humano do meu despertar de sentidos! 
Aqui no meio da chuva que me comove e transporta para uma melâncolia crônica e precoce, sonho com o abraço apertado, com um amor desejado, com um encontro inacabado. Penso no tempo perdido em actividades incertas e pergunto-me se estará a chover amanha! 

quinta-feira, julho 03, 2014

Sempre

A imagem não é pura, os sentimentos de sempre, as vivências mundanas, são imagens deturpadas. A vida dos outros transcende toda a nossas interpretação, a nossa prespectiva. 
Sento-me e ouso escutar os silêncios, tento interpretar nas entrelinhas! 
Interpreto assim o dia-a-dia corriqueiro sem certezas de onde coloco a minha meta, para onde direciono a escada. Em que lugar me coloco? Talvez no cerne dos sonhadores solitários, dos crentes ateus,  dos vabagabundos deambulastes  em ideias e sonhos em espiral! 
Coloco-me ao teu lado e sorrio porque até hoje me acompanhas nas imagens irriais da minha mente! E amas-me dentro da minha loucura saudável.....

segunda-feira, maio 12, 2014

Carta livre

Na tua ausência pressinto o teu sentido humano. Nela toco as paredes frias e inertes, como corpos frios e sei que voltarás, cheio de receios e revoltas insensatas.
Aqui pergunto-me quando foi a ultima vez que te vi feliz, para mim, para me beberes, para me contemplares...
Guardo-te estas palavras, minhas, pessoais e intransponíveis, que são só tuas, só sentidas e mencionadas em teu nome, e desespero na saudade de um beijo profundo...
Deixo passar o tempo numa jangada lenta e amorfa, deixo que ele me consuma na espera do destino tardio...
Aguardo o abraço e o corpo quente, cheio e repleto, aguardo o sonho, aguardo a chegada da aurora despreocupada.
Reflicto em ti e em mim, nos anos nossos que nos pertencem. Gravo na pele a memória, a riqueza e o fervor.
Sonho acordada com tudo isto, consumida pela saudade de ter tempo nosso e pressinto que após estes anos jazo aqui, completa e tua.
 

domingo, abril 13, 2014

Imprimir Preconceitos



A impressão pode levar a que o dia-à-dia se transforme em medíocre, e que lá estejas tu na tua mesquinhes sexista, que demonstra a tua pequenez pessoal. Levanta-te preguiçoso, perigosamente narcisista, castrador e sentimentalista. 
Após a ternura, vêm os pequenos dias, chega assim a brutal realidade, sem subterfúgios, sem barreiras e sem obstáculos. Assim vou ver-te e sorrir com a maior das vontades do desejo e da plenitude.
Levo-me assim hoje a esquecer o amanha, esqueço-me ainda de perceber o dia a seguir e tento disfarçar baixinho aquilo que considero verdade.
 O meu Eu nega e revê o todo com fúria, pois estou invisual e fantasio uma realidade só minha, fugindo para mim mesma, para a minha mentira descabida. Bato na parede branca suja, física e seca de sentidos e de carinho. Apresento-me apenas como mais um objeto, mais um troféu, mais um físico desnudo contra a parede.

quarta-feira, dezembro 25, 2013

Singular

Talvez me vejas amanha pelas ruas recordando os teus olhos e o teu corpo, pós mordedura, pós arrependimento.
Na chuva reencontro certezas de beijos perdidos no tempo, nos teus olhos mergulho em pensamentos terrenos e fúteis cheios de verdura de sentir. Sou mulher alma, mulher corpo e mulher sentimento e tudo em mim te chama, lento e baixo para que nem eu mesma perceba ou recorde.
A chuva transpira em mim reflexos perdidos no tempo da alegria e da liberdade. Fico muda, quieta e seca, Sem terra nem chão, sem muros ou portas que me separem de impulsos infantis! Trabalho o alento do meu todo comum e refiro a realidade para o meu eu, para a chuva que me transpira e me transporta, para aqui, para a minha medíocre realidade singular!!!! 

terça-feira, maio 28, 2013

Vindo


Bem vindo ao tempo de espera, do impasse e da seca. Bem volta, bem creste, a saudade da feliz e eterna estabilidade do sol, sorridente no rosto.
Bem vindo ao tempo da escuta, da resposta muda, do silêncio pensado e arquitectado pelo medo feroz e colossal!
Bem vindo ao pensamento escondido, ao sentimento reprimido e ao sonho apagado! 
A todos bem vindos ao circo da hipocrisia, ao circulo do engano calculado e do enredo aclamado. Bem vindo ao local onde a dignidade foi trocada pela vergonha e o sorriso por algo, cor amarelo fingimento! Palhaços dançai ao som do macaco do realejo...

domingo, março 17, 2013

Incertezas



Talvez as vestes se pintem de buracos vermelhos, de incertezas de crenças!!!
Flutuo em mundos perversos que não tem um pingo, uma molécula de meu!
Vaguei da alma toda a vontade de um incerto e insípido. Perdi a chama objectiva obstinada e criativa. Deixei os meu sonhos e risos escondidos na felicidade de existir, fora de horas, fora de tempo e fora de espaço...
Percorro-me sozinha e precisa neste dia a dia sem objectivo, sem rota mas com rotina!!! Perigo de viver é sentir a vontade de voar e não ter asas, não ter forças ou já não ter esperança de sobrevoar a infinita felicidade!!!
Por isso permaneço aqui para dar as mãos aos que me quiserem acompanhar, na loucura de ser diferente, de sonhar!!

segunda-feira, março 19, 2012

Inércia

Momentos difusos vagueiam no meu pensamento, sentimentos de inércia persistem aqui. Deixo que o mundo siga o sei rumo,incessante e injusto.
Limito-me a existir e a respirar na inércia que me é exigida para sobreviver. Sobrevivo, sem consciência e sem ideais na mesa! Guardo tudo, calco cada baga da minha revolta, para sobreviver, para não gritar!
Gritos mudos do mundo, que vagueiam na mente e no espirito, são roubados para a razão da serenidade !
Aqui estou plantada de raízes profundas, neste beco em que a minha voz não ecoa!
Pressinto a indiferença e a insignificância de continuar aqui, branca, calva, petrificada. Aqui jazo na mais profunda e sentida inércia!

quinta-feira, janeiro 26, 2012

21

Só preciso de 20 beijos, 20 abraços 20 passos controlados.
Preciso de 20 história inacabadas, insensatas e peculiares!
20 coisas fúteis e desvairadas sem sentidos nem propósitos!
Necessito de 20 anos, 20 meses e 20 dias, para correr no doce amargar do dia à dia!
20 amores despertados 20 ciclos terminados, 20 momentos despedaçados...
20 sentidos oprimidos...
Preciso de 20+1 para chegar ao 21....

sexta-feira, novembro 04, 2011

Mensagem


Escrevo o que vomito do pensamento. Palavras sórdidas ou límpidas... podem julgar o que quiserem, podem-se libertar línguas bífidas...
Não escrevo sobre mim, escrevo sobre os sentidos, sobre um saborear real, sobre um percepcionar maior. Maior que eu, que o mundo no seu imenso. Sentir não tem tempos nem pressas... Apenas flui como ideias e pensamentos...
Hoje pressinto e descrevo o sentir em palavras que não lhe raspam o significado, não bastam. Mantenho-me imóvel e sinto o respirar do todo comum, da pluridiversidade dos movimentos contemporâneas, e lembro-me de ti hipócrita, presunçoso, que te mantens dormente, e tu quando deixas-te de sentir?
Todos os dias são para nós os últimos, os momentos esses não voltam, apenas te perseguem e permanecem na pele que envelhece lentamente.
Hoje foi um dia feliz em que o tocar do mundo me olhou como um todo, inteiramente pura, bruta mas polida pelos dias e pelos anos... enfim como me conheço, inteiramente humana...
O mundo moribundo ficou bem longe fugiu-me das costas, ficou ai no lugar onde está o dormente, o passivo e o vulnerável. No lugar em que o tudo e o nada preenchem as horas persistentes do dia sombrio...
Bebo cada gota de vida e transpiro de alegria, estou aqui no meu lugar ideal, no meu sentimento mais puro, na minha forma mais real, no meu pequeno mundo. No mundo de sentir perfeito e escrevo-te para acordares do estado latente, para que vejam que as cores são mais que preto e branco, são todos os nomes, todos os sentidos, são advérbios e adjectivos... corpo e alma, no fundo cheiram-se e pressentem-se como a felicidade...

terça-feira, novembro 01, 2011

Amigo


Ainda me lembro do sorriso do despertar dos dias inocentes. Ainda não sei como te perdi nem porque magoa profunda nos apartamos de corações ligados ao peito.
O sorriso do despertar de manha, de uma noite brida, mal dormida, mal controlada, mal aproveitada.
Ainda cheiro, a manha a chuva e o orvalho da terra serena que enveredava toda a vida...
Os momentos de felicidade e euforia para onde voaram na memória das pessoas...
Onde vou o que sucedei o que aconteceu para ficar aqui sozinha sem a beleza da compreensão da tua companhia...
Não sei, nunca descobri, nem quero, é demasiado pesaroso, demasiado árduo, dói-me o cerebelo só da possibilidade de uma descoberta vã...
Tudo está traçado o destino dividido em duas gotas de rios e caminhos diferentes...
Só sei que estarei sempre aqui, apesar da tempestade do meu instinto, para te abraçar em qualquer madrugada que precisares....

sábado, maio 07, 2011

Verdade


Desperto-te em horizontes infinitos, em ladainhas que não acabam na dormência dos dias. As coisas revoltas são tidas e achadas como verdades inoportunas incoerentes e incessante.
O que é a verdade?
De que será realizada, será prescrita e perfeita por Deus ou por nós, humanos reles e vis, que sangram lágrimas de orgulho ferós.
Verdade é a dor e o poder de sentir na carne fria a chuva de remorsos que cai lá fora, na alma dos demais, na íngreme camada de sal que lhes planta a pele.
Verdade sou eu, és tu que me ignoras, que respiras sem parar e eu aqui perturbada continuo sem nada, sem forma, sem passado…

quinta-feira, janeiro 06, 2011

Espera


Espero e desespero neste canto que é húmido e frio, é com a esperança e com a demora que vivo, sou assim um ser sem sentido, que tenta travar o tempo dos anunciados minutos, das anunciadas horas, dos anunciados dias, dos previsíveis anos.
Tento assim viver o passado olhando para o presente com melancolia, com a saudade de um sorriso e de um abraço que é de todos e é tão meu.
Era tão bom se o tempo parasse ou se corresse devagar, quando as coisas bonitas e aconchegantes acontecem, aquelas pequenas insignificâncias que são por exemplo a manha de um despertar bonito, nos dias felizes de uma infância ou de uma juventude adolescente…
Aqui de joelhos apontados para o chão e de olhos rasgados, cruzo as mãos e rogo que me dêem mais tempo para o abraço que anseio, para o despertar que mereço, para o amigo que preciso.
Mas na noite que se avizinha a incerteza cerca o momento em que dedico o tempo as palavras insertas, as palavras de alguém que ama e que precisa de um futuro cheio de pedaços de manha de juventude.
Mas agora só me resta a espera…
A espera que corrói os pertences de felicidade, a esperança que se avizinha e espero espero por todos e por mim mesma.
Espero porque sou apenas um insignificante minuto na imensidão do tempo…