terça-feira, novembro 04, 2014

Chuva

Talvez um dia a chuva me entre no couro,   Me mantenha serena e luzidia, para a vida que háde chegar em instantes nefastos e profundos! 
Talvez a chuva, venha com toda a sua calma insípida, e me transmita a tranquilidade inacabada do inverno, áspero e adormecido! 
Que a chuva me transborde e me transporte para o meio do paraíso, da vida monótona e do descanço dos dias comuns! 
Neste dias de chuva, em que me separo do que mais amo, do cheiro sentimental, do tacto presencial, da visão de uma cama, de um repouso conjunto. Preciso do abraço do calor quente e humano do meu despertar de sentidos! 
Aqui no meio da chuva que me comove e transporta para uma melâncolia crônica e precoce, sonho com o abraço apertado, com um amor desejado, com um encontro inacabado. Penso no tempo perdido em actividades incertas e pergunto-me se estará a chover amanha! 

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