domingo, novembro 25, 2007

Vaidade


Linda como sempre, bela no seu esplendor ai vem a Vaidade com a sua feira de bijutarias e coisa fúteis, a Mesquinhes acompanha-a na procissão, praça abaixo-praça acima e todos os olhares se voltam para o vestido ornamentado e os químicos faciais dentro dos lugares certos que a enfeitam.
É pena o coração da Vaidade não poder ser maquilhado, não poder ser reconstruído nem disfarçar as imperfeições do tempo com as tintas milagrosas que vem nas embarcações, produto fino, caro e de qualidade que qualquer senhora adoraria ter.
Apenas a Vaidade tem direito a eles, pavoneia-se abanando as jóias e o corpo ao som da multidão que pára para a ver passar. Apesar de todos os olhares observadores ninguém vê a rapariguinha feia e frágil que se esconde nas vestes de uma rainha, de uma meretriz de uma mulher forte seca e independente, ninguém vê a pobre rapariga que apesar de todas as pinturas todos os vestidos e todas as riquezas está, no meio dos olhares e do magote...sozinha

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