sábado, setembro 16, 2006

Mundo, realidade e fumo


O crepitar das vozes dos outros bate-me no ouvido, falam para mim, aceno com a cabeça, mas não faço a mínima ideia do que dizem.
Hoje estou longe...estou num mundo onde só entro eu, onde me resguardo de todas as idiotices. Encontrei-te aqui hoje, revi-te e recordei-te como se fosses uma peças que me pertencesse. Cai ai na solidão, outra vez, por me aperceber que a tua presença ainda se encontra nos sítios mas íntimos de mim, estas sempre comigo mesmo que eu não saiba ou queira.
Continuo sozinha num aglomerado de gente, puxo um cigarro, para que o seu sabor entre em mim, ou então para morrer lentamente numa velocidade mais rápida. Todos ignoram o meu estado melancólico, porque já não se lembram de ti, nem de quanto tu fazes parte de mim, mas eu lembro-me. Todos os dias lembro a tua falta e a tua saudade.
Chamem-me louca, chamem-me estúpida, chamem todos os nomes que se lembrarem, pois não há nenhum que eu já não tenha chamado a mim mesma.
Passado todo este tempo, a tua ausência ainda me toca no intimo e estremece toda a minha confiança em continuar a viver sem olhar para trás, sem olhar para ti...apesar de saber que eu todos os dias quando acordo de manha, mesmo quando tenho um calor diferente ao lado, a palavra que me vem á boca é o teu nome. Mergulho no meu sentimento por ti, todos os dias e nele me perco de mim mesma. No meu mundo continuo infeliz, para me manter alegre...para não me tornar insana, assim tento que a tua imagem fique mais difusa...para que de ti só reste o fumo de um cigarro mal apagado...

1 comentário:

Etherium disse...

So para dizer que o teu estado melancolico nota-se bastante... eu noto... e sabes que estou aqui sempre,nao sabes?
fico a espera!:)
beijo grande e continua a escrever assim, e uma excelente forma de contar estorias...