domingo, abril 06, 2008

Avareza


Tudo se querer e tudo se compra, andamos num reboliço de matéria física inorgânica que não se transforma e está desprovida de vida.
Onde está a magia das coisas simples, onde e quando começou a correria para o poder ter, eu tenho-te a ti e isso chega-me. Não quero saber das avarezas de quem possuo coisa nenhuma, eu procuro-te a ti e basta-me o teu toque e teu sabor.
Não quero ter nos olhos o calor ávido da prepotência, de querer ser uma pessoa que reconheço, não quero dizer que tenho aquilo que ainda nem sequer me pertence, que me rotula.
Quero ficar aqui neste canto a olhar para o mar, a ver-te ao longe com o cão que delira com todas as brincadeiras de gente descontraida, quero vir aqui todos os finais de tarde, e assim saber que eu tenho, quero e conquisto todos os dias, as melhores coisas do mundo, a liberdade, o desapego e o amor que te tenho... a ti e a este mar que me alimenta de nobrezas, sem avaresas...

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